Em um ato flagrantemente autoritário, a Prefeitura de Campo Grande, sob comando da prefeita Adriane Lopes (PP), determinou a derrubada ilegal de seis outdoors e um painel de Led do Grupo TopMídia. A ação, ordenada diretamente de seu gabinete, configura censura política contra o jornal TopMídiaNews, que há meses denuncia falhas na gestão municipal, incluindo o caos na saúde pública e irregularidades administrativas.
Os outdoors, com processos de autorização paralisados pela própria Prefeitura, foram retirados sem notificação prévia, violando o direito constitucional ao contraditório. Fiscalizada pelo chefe de assessoria executiva da SEMADES, Luiz Alberto Leite Pereira, vulgo Luizão, a operação usou viaturas da Guarda Municipal – recursos que deveriam combater a criminalidade, não silenciar vozes críticas.
A gestão Lopes não ataca apenas o TopMídia. Onze empresas de comunicação externa (Zoom, Star Mídia, Total Mídia, RZK, Kal Mídia, Empresa de Digital, Mídia em Foco, MídiaMax, PixMídia, TvMix e JD1 Noticias) operam na mesma situação irregular – agora expostas à mesma perseguição. A prefeita transformou a morosidade intencional da gestão em arma para eliminar críticas, criando um clima de intimidação em pleno estado democrático.
Enquanto censura a imprensa, Adriane Lopes falha em resolver o colapso na Saúde pública: hospitais superlotados, falta de medicamentos e demora no atendimento, temas de diversas investigações que o Ministério Público Estadual abriu e o TopMídiaNews deu ampla divulgação. Também coincide com denúncias de nepotismo e gestão opaca, com influência do deputado Lídio Lopes (marido da prefeita) e parentes que recebem supersalários.
Este ato ditatorial reforça o dever da imprensa de expor abusos de poder. Se a Prefeitura teme as críticas, a resposta deve ser transparência e correção de rumos, não censura.
Cobramos pela investigação imediata pelo Ministério Público e órgãos de controle, além da revisão das autorizações para todas as empresas de mídia. E a priorização real dos problemas da população, não de vaidades políticas.
Campo Grande não pode aceitar o retrocesso democrático. Enquanto a saúde sangra e a cidade definha, a gestão Lopes gasta energia perseguindo quem ousa fiscalizá-la. A população merece gestores que cuidem da população, não que castiguem a liberdade de imprensa.
É hora de exigir providências – antes que o autoritarismo silencie todas as vozes.
A Prefeitura de Campo Grande foi contatada para direito de resposta, mas não se manifestou até o fechamento desta edição.